Relações Públicas (RP) sempre foi uma área que exige esforço para mensurar o impacto de suas ações. Em tempos onde dados e resultados concretos são fundamentais para decisões estratégicas, o uso de OKRs (Objectives and Key Results) pode ser um divisor de águas.
Essa metodologia ajuda a alinhar esforços, trazer clareza e traduzir ações subjetivas em resultados mensuráveis.
No entanto, estabelecer OKRs eficientes para RP vai além de listar metas e números. Exige compreender o papel das RP dentro da estratégia da empresa e como suas ações podem se conectar aos objetivos gerais do negócio. Este artigo explora como criar OKRs relevantes e utilizá-los para avaliar o sucesso de forma concreta.
Historicamente, as RP foram medidas por métricas superficiais, como o número de clippings ou menções em redes sociais. Embora úteis, esses indicadores não fornecem uma visão clara sobre o impacto real no negócio. OKRs, por outro lado, permitem conectar os objetivos das RP com os resultados que importam.
Por exemplo, em vez de apenas medir a quantidade de menções na mídia, os OKRs podem avaliar como essas menções aumentaram a percepção de marca, geraram leads ou impactaram a experiência dos stakeholders. Isso transforma RP de uma atividade operacional em um ativo estratégico mensurável.
Definir OKRs para RP exige um entendimento claro dos objetivos da empresa e das ações específicas que as RP podem realizar para contribuir com eles. Essa construção pode ser feita em duas etapas: definição de objetivos e criação de resultados-chave.
Os objetivos devem ser claros, estratégicos e conectados à visão da empresa. Eles representam o impacto desejado, como “melhorar a reputação da marca” ou “aumentar a influência no setor de tecnologia”. O importante é que sejam inspiradores e direcionem as ações de forma assertiva.
Já os resultados-chave são os indicadores que mostram o progresso em direção ao objetivo. Eles precisam ser específicos e mensuráveis.
Por exemplo, se o objetivo é “melhorar a reputação da marca”, os resultados-chave podem incluir indicadores como “aumentar em 25% as menções positivas em pesquisas de opinião” ou “alcançar 15 publicações relevantes sobre a marca em veículos de destaque em três meses”.
Para ilustrar como os OKRs funcionam, vejamos exemplos aplicados a diferentes cenários.
No lançamento de um produto, o objetivo pode ser gerar visibilidade e buzz. Para isso, os resultados-chave podem incluir garantir a cobertura de mídia em veículos especializados, engajar influenciadores com impacto relevante para o público-alvo ou aumentar em 30% as menções positivas sobre o produto nas redes sociais durante o período de campanha.
Na gestão de crise, o objetivo principal é minimizar os danos à reputação da marca. Resultados-chave poderiam incluir reduzir menções negativas em 50% nas primeiras duas semanas após a crise, publicar esclarecimentos em cinco veículos de grande circulação e alcançar 70% de aprovação em pesquisas de opinião pós-crise.
Para empresas que desejam construir autoridade em um setor específico, os OKRs podem envolver organizar palestras e eventos que atraiam stakeholders estratégicos, aumentar em 20% as publicações de opinião por executivos da empresa em portais especializados e elevar em 15% a participação em rankings do setor.
Com os OKRs definidos, o próximo passo é acompanhar regularmente o progresso. Ferramentas de monitoramento são fundamentais para essa etapa, permitindo que as ações de RP sejam ajustadas conforme necessário.
Ferramentas de clipping, pesquisas de percepção de marca e análises de redes sociais ajudam a consolidar os dados necessários para avaliar os resultados-chave.
Além disso, é essencial realizar reuniões de revisão periódicas para discutir os avanços e identificar obstáculos. Essa prática mantém o foco no que realmente importa e permite ajustes no planejamento sempre que necessário.
Apesar de sua eficácia, a implementação de OKRs pode ser comprometida por erros frequentes, como a definição de metas genéricas ou métricas que não agregam valor estratégico. Evitar esses erros é essencial para aproveitar ao máximo a metodologia.
Um erro comum é focar em métricas de vaidade, como o número total de menções na mídia, sem avaliar se essas menções realmente contribuem para os objetivos da marca.
Outro problema é criar objetivos vagos ou inalcançáveis, como “ser líder do setor” sem desdobrá-lo em ações práticas. Além disso, a falta de engajamento do time na definição dos OKRs pode prejudicar a execução, já que metas impostas tendem a ser menos eficazes.
As RP não operam de forma isolada. Seus resultados estão diretamente ligados às metas gerais da organização, como aumentar a receita, reter clientes ou expandir a atuação para novos mercados. Portanto, alinhar os OKRs de RP às prioridades estratégicas da empresa é fundamental para maximizar seu impacto.
Por exemplo, se a meta da empresa é conquistar um novo mercado, as RP podem apoiar essa estratégia organizando eventos regionais, garantindo a cobertura da mídia local e engajando stakeholders da área. Assim, os OKRs tornam-se um elo entre as RP e os objetivos corporativos.
As Relações Públicas precisam evoluir para se manterem relevantes em um mundo orientado por dados. Adotar OKRs é uma maneira poderosa de alinhar ações com estratégias organizacionais e provar o impacto das RP de forma clara e objetiva.
Por meio de objetivos inspiradores e resultados-chave mensuráveis, é possível traduzir o trabalho de RP em valor tangível para a empresa. Mais do que medir esforços, os OKRs mostram o impacto real das ações e ajudam a priorizar iniciativas com maior potencial de resultado.
Ao implementar OKRs que importam, as RP deixam de ser vistas como uma função intangível e passam a ser reconhecidas como uma área estratégica essencial para o sucesso do negócio.
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