Tudo mudou nesses tempos de isolamento social. Nos tornamos mais arredios, muitos estão com medo, vivendo incertezas, mas a vida não pode parar, certo? E nem a notícia, que é o que nos mantém conectados à realidade. Então, a gente, que já questiona o assunto há tempos, pergunta: como anda o follow-up hoje?
Antes de começar a falar de isolamento social, vamos lembrar que, nos últimos anos, o follow-up já não estava mais sendo eficaz como foi um dia. Os contatos entre assessorias e jornalistas mudaram muito na última década. Já falamos bastante sobre isso aqui (link). Redações cada vez mais enxutas, menos tempo para apuração da notícia e caixas de e-mails lotadas de sugestões de pautas eram as principais motivações para a ineficácia crescente dos contatos via telefone.
Aí, veio a pandemia pelo novo Coronavírus e a necessidade de isolamento social. Até as gravações de novela e programas de televisão pararam – quem aí não assimilou a real quando soube dessas mudanças? Mas o jornalismo não pode parar. A informação é que move o mundo e nos mantém conectados à realidade.
Mesmo assim, com raras exceções, as redações também foram colocadas em quarentena e a maioria dos jornalistas passou a fazer home office – menos, claro, aqueles que, assim como os profissionais de saúde, acabam sendo ficando na linha de frente, como os repórteres televisivos.
Mas os produtores, em parte, passaram a trabalhar de forma remota. Os editores de texto, também. E aí, veio a grande questão – com a maioria dos jornalistas fora de redação, em isolamento social, como falar com eles? Como garantir que sugestões de pauta cheguem às pessoas certas?
Certamente que sim. Tivemos uma queda de quase 40% na eficácia das ligações para redações, em um nível nacional. Como sabemos disso? Além das nossas equipes, que trabalham todos os dias para atualização constante dos nossos mailings, temos feedback dos nossos clientes, e a média isolada, dependendo do tipo de veículo abordado, é ainda maior.
Mas e agora? O que fazer para tornar nossas sugestões viáveis? Contar com a sorte? Não necessariamente, mas apostar na melhor tecnologia – até que o novo normal aconteça, ou seja, até que possamos entender como tudo vai funcionar daqui por diante, é preciso contar com os disparadores de releases – e é por isso que estamos em constante aperfeiçoamento para melhorar entrega.
Outro ponto fundamental é se aproximar ainda mais daqueles contatos que já tínhamos antes da pandemia. Agora é quase a hora da verdade, de colher os frutos de encontros de relacionamentos, de buscar atuar ainda mais em parceria com jornalistas de redação. Quem já tinha o celular do jornalista, embora tenha sempre que usar com moderação, pode aproveitar para entender o que ele está precisando nesse momento, para mandar as melhores sugestões e nos melhores formatos.
Quem não tinha o contato ou precisa ampliar a atuação, pode explorar mailings de jornalistas. É fato que poucos profissionais autorizam a divulgação de celulares e meio contatos pessoais em ferramentas de mailings, mas acredite, alguns sabem que, neste momento tão diferente, todos precisamos atuar em conjunto e harmonia.
Lembre-se: estamos todos nos adaptando a novas realidades desde o início do isolamento social. Todos estamos em constante adaptação e busca dos melhores caminhos para realizar nosso trabalho. O importante é levar sempre em conta o fato de que todos estamos passando pelo mesmo processo e, por isso mesmo, é preciso mais humanidade, paciência e uma dose de bom humor.