Mailing ainda vale?

O que a gente mais vê nas redes sociais de jornalistas, nos dias de hoje, é a pergunta “alguém sabe o contato do jornalista X?”. O que nos faz pensar: os assessores estão parando de contratar mailing, ou estão desacreditados dele? Qual a sua opinião?

 O mailing já foi o ativo mais valioso de um assessor de imprensa. Lá, nos primórdios da profissão, profissionais guardavam sua lista de jornalistas a sete chaves, e, quanto mais contatos alguém conseguia ter, certamente mais resultados conseguiria. Fazer networking com a imprensa era algo extremamente manual e pessoal, realizado em almoços, reuniões e visitas à redação.

Com o tempo, surgiram as empresas de mailing, que começaram a oferecer essas listas, e essa foi, certamente, a primeira grande reinvenção da profissão. Com o mailing, todo mundo tinha contatos, todo mundo sabia para quem mandar a pauta, esse já não era o maior diferencial.

E, durante muito tempo, com a solidez dos grandes veículos, os contatos eram os mesmos, e ter um mailing em mãos significava segurança. Isso, claro, antes do advento das redes sociais e da grande revolução pela qual passou a comunicação via imprensa. Houve grandes quebras, veículos impressos se tornaram online, muita gente migrou das redações para outras frentes de trabalho, outro tanto passou a trabalhar remoto e de maneira freelance, para vários veículos.

Para as empresas de mailing, houve aí um período de grandes incertezas. Como entender essas mudanças de mercado. E mais, como traduzir essas mudanças para os clientes? Aos assessores, restou voltar ao follow up não apenas para sugerir pautas, mas para entender quem estava do outro lado, que tipo de posição ocupava no veículo (ou em mais de um) e como ser cadastrado para novos contatos.

Com essas mudanças, o mailing ainda é um investimento válido?

 A nossa resposta é: sim! Foi necessário um período de adaptação, mas a grande questão é que as empresas de mailing tiveram que se reinventar. A atualização, antes realizada de uma forma cadenciada, agora precisa ser feita online, on time, praticamente em tempo real.

Com tantas mudanças, foi preciso entender o que o assessor e o jornalista querem e precisam. De um lado, profissionais ávidos por contatos mais assertivos e por entender que informação encaminhar a cada um. De outro, profissionais que trabalham com tempo reduzido, que não conseguem, muitas vezes, acompanhar a avalanche de pautas que recebem.

Ou seja, a assertividade do mailing é benéfica para todo mundo! Ganham os assessores, que tem mais tempo para trabalhar as pautas de cada cliente, com quem realmente vai se interessar pelo assunto. Ganham os jornalistas, que recebem sugestões condizentes com suas editorias.

Quem aí sentiu as mudanças dos últimos tempos? Como está sendo trabalhar com mailing para você? Conte pra gente e nos ajude a melhorar o mercado!