Ajudar alguém a realizar o sonho de colocar uma história no papel pode ser gratificante e um mercado que ainda tem espaço. Já pensou nisso?
Tem gente que nasceu mesmo para escrever, mas que talvez nunca tenha cogitado ser Ghost Writer. Mas, afinal de contas, o que é isso? Um Ghost Writer é quem escreve o livro PARA o autor. Muitos profissionais são contratados para colocar histórias e ideias no papel. Ou seja, o criador do livro sabe o que quer dizer, mas não sabe como transmitir suas ideias em palavras escritas. E é aí que entra a expertise de um jornalista, por exemplo.
Jornalistas aprendem a investigar, a ver todos os lados de uma história, desenvolver uma escrita apurada e, nas últimas décadas, inclusive tiveram que (re) aprender a colocar a própria opinião conectada ao fato. Isso, dependendo do veículo, claro. Mas foi uma grande revolução, que revelou, também, muitos talentos da literatura, seja de ficção ou de histórias reais, que precisam mesmo desse faro jornalístico.
Escrever um livro para outra pessoa é sempre um grande desafio. É preciso desapegar-se do ego e também do estilo. Nem sempre seu jeito de escrever agrada ao contratante e é aí que entra o poder de adaptação. Entender como o cliente quer falar aquelas informações é fundamental. Colocar-se no papel do outro, trabalhar como se você estivesse na mente dele. É quase um faz de conta, mas de forma séria e estruturada.
Para algumas pessoas, ser Ghost Writer pode ser uma porta de entrada no mercado literário. Para outros, a oportunidade de desenvolver novas formas de escrita. Pra quem contrata, é a chance de finalmente desengavetar aquele projeto e ainda ter uma qualidade de texto condizente com o objetivo final, que é vender livros, tocar as pessoas de alguma forma, revelar fatos interessantes, ser a companhia de alguém por um tempo de leitura.
Bom, primeiro é o que falamos acima: é preciso lembrar que não será o SEU livro, mas o livro de ALGUÉM, que precisa ser compreendido, desnudado em seu estilo, para que o texto final tenha a assinatura do autor. Algumas pessoas contratam um Ghost Writer para iniciar o projeto, estruturar as informações e textos, e depois trabalham em cima daquele material, dando o estilo final ao processo.
Precificar o trabalho é outra peculiaridade. É preciso entender o número de horas que serão empenhadas, desde a pesquisa, investigação, apuração, estruturação; o número de encontros com o autor, o timing para entrega do primeiro copião, que é o texto cru, que poderá ou não ser trabalhado pelo próprio autor. Ou seja, exige queimar um pouco de neurônios para chegar a uma conta satisfatória para ambos.