Por aqui acreditamos que não existe certo e errado. A única coisa que não vale é divulgar fake news para tentar emplacar um cliente.
Esse é o tema de muitos debates entre assessores de imprensa: como chamar a atenção dos jornalistas? Existe uma forma única e correta? Por aqui acreditamos que não existe receita de bolo pronta. Aliás, esse é um “bolo” que cada assessor coloca os ingredientes que preferir e achar que dá um bom resultado. O único que não é bacana é criar fake news.
A estratégia para chamar a atenção dos jornalistas no meio a centenas de sugestões de pauta depende muito de quem é o cliente, do conteúdo que se tem em mãos e do público com quem se deseja falar. E é por isso inclusive que há diferenças inclusive na linguagem usada nos releases, alguns requerem mais formalidade – pois esse é o perfil dos veículos e seus leitores – e em outros quantos mais descolado for o texto mais aderência terá. Cada caso é um caso.
Já vimos por aqui assessores que preferem colocar no título do release ou assunto de email frases para provocar a leitura. Há os que fazem uso de adjetivos e superlativos para tentar valorizar seus clientes. Outros vão pelo caminho do relacionamento e, no lugar de releases, escrevem apenas um email com uma sugestão, buscando descobrir quais pautas aquele jornalista está trabalhando para, quem sabe, pegar carona em alguma. E assim por diante.
Não existe certo e errado, porém, vale lembrar que nem por isso se torna um “vale- tudo”. Todo cuidado é pouco para garantir que a sugestão de pauta seja procedente e baseada em dados reais. De nada adianta dizer que tem uma boa sugestão de pauta, se na verdade, é uma bela enrolação, sem dados ou embasamento, concorda?
E é por isso que, em tempos de fake news em alta – infelizmente, jornalistas de redação estão tomando cada dia mais cautela para escolher fontes. Qualquer detalhe que possa gerar desconfiança que, por exemplo, um especialista não tem tanto conhecimento como o assessor entra em avaliação. A cada dia que passa é mais importante rechear sugestões de pauta com dados que comprovam a veracidade do que se sugere.
Isso quer dizer que vale sim tentar chamar a atenção do jornalista dizendo que determinado cliente é o melhor especialista em um determinado assunto, mas para, ninguém perder tempo, nem assessor, nem jornalista, é essencial mostrar logo porque aquela pessoa é a melhor. Ou seja, para uma pizzaria afirmar que tem “a melhor pizza de atum da cidade de São Paulo”, ela tem que ter ganho uma premiação ou algo que comprove que ela é a melhor.
Jornalismo de verdade é baseado em fatos, em dados, em notícias. Isso é uma unanimidade e todos os lados concordam. Adjetivos são permitidos, mas podem confundir uma sugestão de pauta com publicidade. Usá-los ou não, também é uma estratégia. E aí cada um é que sabe da sua. Concorda?